quarta-feira, 23 de maio de 2012

Soneto da Fidelidade




De tudo, ao meu amor serei atento

Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento

E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure

Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa dizer do meu amor (que tive):

Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

EU DESCOBRI







Eu descobri que só sabemos o quanto gostamos um do outro...

Quando a distância acontece.

Descobri que só descobrimos o valor de um minuto... 

Quando passamos dias e dias sem nos vermos.

Que o fim nem sempre é o fim... Pode ser apenas o começo.

Descobri que o amor e o ódio andam sempre juntos 

e o que um constrói o outro destrói e assim vice-versa... 

Que são tão parecidos um com o outro 

que contém a mesma quantidade de letras

e que quando alguém os pronunciam 

nunca se sabe se realmente é verdadeiro.

Descobri que é fácil ser poeta... Quando se ama! O Difícil é sê-lo sempre.

Descobri que fazer a coisa certa nem sempre é a coisa certa... 

Que de nada eu realmente sei...

Pois se soubesse não precisaria mais viver...

Porque é vivendo que descobrimos a essência do nosso ser.